sexta-feira, 22 de junho de 2012

Tartarugas


Tartaruga

A tartaruga mais comum encontrada em lojas de aquários de peixes é a Trachemys scripta elegans cuja característica mais marcante é a presença de manchas laterais vermelhas na cabeça . Elas são originárias de regiões pantanosas do sul dos Estados Unidos e são importadas diretamente de lá, onde são criadas em cativeiro para a venda dos filhotes. Existe uma outra tartaruga aquática, parecida com esta, porém sem as manchas vermelhas, que é a Trachemys dorbignyi originária de rios e lagos do Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina que tem sua comercialização proibida no Brasil.
O tamanho do aquário depende do tamanho da tartaruga, para tartarugas recém-nascidas tão pequenas quanto uma caixa de fósforo, um aquário de 30 cm x 20 cm x 20 cm é suficiente. É necessário um local seco com rampa para que possam sair da água. A profundidade da água deve ter no mínimo o mesmo comprimento da tartaruga, de modo que ela consiga ficar em pé dentro d'água. Não tampe o aquário com vidros porque o ambiente ficará demasiado úmido para as tartarugas, podendo provocar doenças. Tartarugas não convivem bem com peixes, elas cedo ou tarde vão acabar matando-os porque é assim que vivem na natureza.
Crescem pelo menos 3 cm por ano.
Vivem em média 40 anos na natureza, e a causa da morte normalmente é devido a predadores ou pela destruição do seu habitat. Mas em cativeiro podem chegar até 100 anos, desde que mantida em condições adequadas.
A identificação do sexo só é possível quando adulto, aos 5 ou 6 anos. A fêmea é maior, podendo chegar até 30 cm de comprimento e tem a parte inferior da carapaça ( plastrão ) ligeiramente convexa de modo a fornecer mais espaço aos ovos. O macho alcança de 20 a 25 cm e tem a cauda mais comprida e volumosa, além disso, possui as garras das patas dianteiras bem maiores que a da fêmea e a parte inferior da carapaça é reta ou ligeiramente côncava para se ajustar melhor em cima da fêmea. A cloaca do macho situa-se a 2/3 da distância entre o começo da cauda e a carapaça, enquanto que da fêmea é bem próximo à carapaça. Às vezes é dito durante a compra da tartaruga que ela não irá crescer muito em um aquário pequeno. Normalmente isso é dito para não "afugentar" o comprador, já que a tartaruga só não irá crescer, se morrer...
Não possuem dentes, mas sim uma forte mordida .
Devem comer dentro da água para não engasgar.
Não deve ser usada como brinquedo pelas crianças. Não são tartarugas Ninja !
A alimentação básica é a industrializada, comprada em lojas de animais (como Tetra ReptoMin, Tetra Gammarus, etc..), já que contém todos os nutrientes necessários, como cálcio, que é importante para a constituição da carapaça. Mas tartarugas na natureza comem de tudo ( onívoros ), e deve-se tentar dar também vegetais como alface, espinafre, cenoura etc... Também comem pequenos animais como minhocas, camarão, peixes, etc... Alimente-as todo dia, mas não se preocupe se você for fazer uma viagem até três semanas, elas podem passar esse período sem comer. No inverno comem menos.
Use iluminação natural. Necessitam de exposição ao sol todo dia. A luz do sol, além de prevenir fungos, ajuda a sintetizar a vitamina D3 que também é importante para o metabolismo do cálcio para a carapaça. Deixe o aquário próximo a uma janela de modo que possa receber diretamente raios de sol, de preferência sem atravessar vidros, já que estes filtram raios ultra-violeta. Se o aquário for pequeno cuide para que a água não aqueça demasiadamente com o sol. Caso seja utilizado iluminação artificial todo tempo, é necessáriolâmpadas especiais que forneçam todo o espectro da luz, incluindo ultra-violeta, essas lâmpadas são vendidas no exterior e não é fácil encontrá-las no Brasil. Uma lâmpada adequada para aquário de tartarugas chama-se VitaLite. As lâmpadas conhecidas como Pro-Lux ou Gro-Lux são usadas mais em aquários de peixes para desenvolver as plantas, não sendo adequadas para tartarugas porque tem pouco rendimento de ultra-violeta, fornecendo mais luz vermelha, que não é suficiente.Mas lembre-se : suas tartarugas viverão muito melhor e mais felizes se puderem tomar luz do sol todo dia.
São animais de sangue frio, isto é , a temperatura de seu sangue varia de acordo com a temperatura do ambiente. Respiram unicamente através de pulmões, logo não podem permanecer muito tempo em baixo da água. Possuem visão e audição muito apurada, podendo perceber a presença de pessoas a muitos metros de distância. Apresentam bico, como as aves. As tartarugas d'água são répteis da ordem dos testudíneos e da família dos Emydidae. São consideradas autênticas sobreviventes da pré-história, já que se retornamos 200 milhões de anos no tempo, muita pouca diferença será encontrada entre as tartarugas pré-históricas e as tartarugas atuais. Os dinossauros foram extintos, mas as tartarugas não!
É importante que o aquário seja mantido limpo. Para ajudar na limpeza utilize filtro de maior potência possível. Há varios tipos de filtros, mas o submersos são os mais comuns para aquários de tartarugas. A troca total da água do aquário depende do filtro, mas é recomendado uma vez por semana pelo menos. Tartarugas sujam mais o aquário que peixes.
O aquário de tartarugas não precia ter decoração como aquário de peixes. Não há necessidade de areia, cascalho ou pedras pequenas no fundo. É melhor manter o fundo liso para facilitar a limpeza. Além disso, tartarugas tem tendência a engolir o que aparece pela frente, até mesmo areia, podendo engasgar e morrer em poucos dias. As Lojas às vezes decoram excessivamente o aquário de tartarugas para atrair compradores.
Apesar das tartarugas poderem hibernar, a temperatura ideal deve estar entre 24 - 30 C, é importante uso de aquecedor para regiões frias. Use aquecedor com a relação de 1 Watt para cada litro de água.
Hibernação : Se as tartarugas são criadas em regiões quentes nunca hibernarão. Em regiões frias, se forem mantidas dentro de casa com aquecedor e lâmpada elas permanecerão ativas todo o ano, apesar da tendência de se comer menos no inverno. Mas se as condições forem propícias elas poderão hibernar ou ficarão menos ativas e comerão muito pouco. Durante a hibernação os processos do corpo são mais vagarosos, a digestão cessa, a circulação é reduzida e as defesas imunológicas diminuem, devido a isso não deixe tartarugas doentes ou machucadas hibernarem. As tartarugas hibernam tanto fora como dentro da água ( mais comum ), elas procurarão um local abrigado para se esconder e ficarão lá por um longo tempo. Tartarugas hibernando fora de casa em regiões frias podem morrer rapidamente se colocadas bruscamente em ambientes quentes. Hibernação de répteis é diferente de hibernação de mamíferos no sentido fisiológico da palavra. O termo mais correto talvez seja "invernar". Tartarugas originárias de regiões tropicais não hibernam, mas a tartaruga de água em questão é originária da América do Norte onde há invernos rigorosos.
Se as tartarugas são mantidas em boas condições dificilmente adoecem. Mas uma das doenças mais comuns são os fungos que parecem com pequenas bolinhas brancas de algodão grudadas na pele, nesse caso as lojas vendem remédios específicos como Tetra sulfa Bath e Tetra RidRot. Tartarugas que ficam fora d'água à noite provavelmente estão doentes. As tartarugas eliminam constantemente escamas da carapaça e pele, o que não deve ser confundido com doenças. Às vezes tartarugas são compradas em péssimo estado e com "stress" devido às condições na loja e ao transporte dos EUA, podendo ocorrer de praticamente não estarem comendo nada por muito tempo e continuarem assim até morrer. Doenças mais comuns : respiratórias (pneumonia), pálpebras inchadas e carapaça mole. Veja mais informações
Tartarugas suportam bem água com cloro proveniente de sistema de tratamento municipal, logo não é necessário deixar a água para reposição em repouso por um dia como ocorre com aquário de peixes.
Não use produtos químicos para eliminar algas verdes no aquário. Remova algas apenas com escova e pela troca da água. Algas verdes, apesar de não dar uma aparência boa ao aquário são sinal de que tudo está OK.
Como qualquer outro animal ou pessoa, tartarugas carregam toda sorte de bactérias. Sempre se deve lavar as mãos após manuseá-las e evite qualquer contato do aquário com objetos da cozinha para não contaminar alimentos. Em alguns casos transportam bactérias do gênero Salmonela que podem provocar diarréia, vômito e náusea. Pessoas com defesas imunológicas em formação, como crianças até 5 anos, ou defesas imunológicas enfraquecidas, como mulheres grávidas e idosos, são mais sujeitas a contaminação e não devem manuseá-las ( veja Salmonella Infecção e Salmonella Contaminação ).A bactéria Salmonela está presente nas tartarugas mais novas (carapaça menor que 10 cm). Nos Estados Unidos é proibido a comercialização de tartarugas de água menores que 10 cm desde o ano de 1975, os criadores de tartarugas Americanos estão investindo para tentar erradicar a Salmonela e terminar com a proibição ( veja Salmonella Erradicate e Four Inch ).
Ponha uma tela sobre o aquário em local onde haja gatos ou aves.

Pássaros:

Agapornis































IntroduçãoAgapornis é uma palavra grega que significa “ Pássaros do Amor “. Este pequeno papagaio independentemente da região onde habitava mantinha a mesma característica de viver aos pares, vindo dai a palavra Agapornis , os inseparáveis.
Existe no mercado mundial uma desinformação no que respeita ao aspecto histórico dos agapornis e suas subespécies. É uma sucessiva cópia de várias bibliografias, onde cada um coloca um pouco de “sal em seu manjar” . E como aqui tanto faz que determinada espécie tenha sido trazida para a Europa no sec. XVIII ou no sec. XIX, vamos focar a nossa atenção nos aspectos relevantes para o sucesso da criação destas belas Aves.
O seu colorido, a fácil adaptação e reprodução e a sua resistência a diversas temperaturas e infecções comuns estão na base da sua enorme popularidade em todo o Mundo.
Os agapornis dividem-se em 9 espécies: Roseicóllis, Fischer, Personata, Nigrigenis, Pullária, Lilianae Taranta, Cana e Swinderniana,todas elas do Continente Africano, excepção feita ao agapornis cana que tem o seu habitat natural na Ilha de Madagáscar.
ReproduçãoA criação e reprodução de agapornis é muito mais do que juntar dois pássaros , colocar um ninho e esperar que eles criem. Antes de mais devemos perguntar a nós próprios se temos condições para criar estes pássaros por forma a que eles tenham as condições ideais para o fazer. A criação de qualquer tipo de Ave sem as mínimas condições é além de errado, uma demonstração de falta de ética e um desrespeito com a vida animal.
Quem se quer iniciar na criação de agapornis tem que em pensar em primeiro lugar que estas aves são bastante activas e os sons que emitem são considerados por muitos como excessivamente altos. Como tal criar estes pássaros em apartamentos ou em locais densamente povoados pode no futuro trazer problemas com os vizinhos. Se está nesta condição, o melhor é começar com um ou dois casais e verificar se o barulho por eles feito não o incomoda, nem á sua vizinhança.

Escolha dos pássarosA escolha dos pássaros que vão formar os casais reprodutores é fundamental para o sucesso das suas criações. Não vou aconselhar a comprar em lojas da especialidade nem em Criadores pois tanto pode ter alegrias e dissabores num lado como no outro. Compre onde sentir confiança para o fazer. Se não tem nenhum conhecimento nesta área aconselho a que faça uma visita a alguns criadores e fale com alguém que já tenha alguma experiência na criação. A internet é um excelente meio para se informar de tudo sobre estas Aves e formar uma opinião própria, porque nenhum criador por muito bom que seja detém o dom da verdade no que respeita á criação destas aves.
Escolha pássaros que sejam activos, que apresentem uma boa plumagem e que não estejam sujos junto ao anus pois é sinal que estão com diarreia. Pássaros que estão encolhidos a um canto com as penas entufadas que tenham os olhos remelados ou inchados é sinal que estão doentes e que colocados junto de outros os podem contaminar.
Prefira pássaros anilhados, pois assim poderá saber a sua proveniência, bem como a sua idade. É preferível comprar pássaros novos com apenas alguns meses de idade do que comprar pássaros já adultos, principalmente se for com mais de dois anos de idade. Muitas vezes esses pássaros são colocados á venda porque têm algum problema para criar, sobretudo se for fêmeas. Também é verdade que por vezes certos pássaros não criam bem em nossa casa e passam a criar bem quando mudados de ambiente, e isto geralmente acontece quando os mesmos já estavam criando noutro local e não se ambientaram ao nosso. Quando assim é , o melhor é mudá-los novamente para afastá-los do local onde não sentem segurança para criar.
A questão mais controversa que existe na criação dos agapornis é distinguir os machos das fêmeas (espécies onde não há dimorfismo sexual). Este é o principal obstáculo a quem se está a iniciar. Mesmo criadores com largos anos de experiência sentem dificuldades em saber o sexo dos agapornis quando estes são novos. Muito se tem escrito sobre esta matéria e ninguém em consciência pode afirmar com 100% de segurança que existe um método infalível para a determinação do sexo dos agapornis,excepção feita á analise de DNA quer por amostra de sangue ou de penas. As excepções são alguns cruzamentos com mutações sex-linked , e mesmo ai temos que confiar na honestidade do criador. Este problema agrava-se com o facto de existir homosexualismo entre agapornis, mais comum entre as fêmeas do que com os machos. Isto só acontece se os pássaros não tiverem oportunidade de escolher um parceiro do sexo oposto. É frequente duas fêmeas comportarem-se como um verdadeiro casal, fazendo o ninho, dando comida na boca e em que uma delas assume o papel de macho galando a outra. Este facto confunde frequentemente os criadores que só se apercebem mais tarde devido ao número exagerado de ovos no ninho e pelo facto de eles não estarem galados. Quando se trata de dois machos é mais fácil o criador se aperceber dado que eles não fazem o ninho e devido á ausência de qualquer ovo, apesar de se comportarem como um casal.
Em adultos consegue-se diferenciar mais facilmente o sexo por apalpação dos ossos da bacia que são mais largos e arredondados nas fêmeas e mais apertados e pontiagudos nos machos. As fêmeas também são ligeiramente maiores e têm a cabeça e o abdómen mais arredondado que os machos. A maneira mais eficaz de formar casais sem recurso a análise de DNA é colocar vários pássaros numa voadeira e esperar que eles acasalem por si. Este processo não é demorado e tem a vantagem de os pássaros formarem casais por mútua afinidade, evitando a incompatibilidade que muitas vezes acontece com a formação de casais imposta pelo criador que atrasa o inicio da reprodução e que em casos extremos leva a que o casal não crie.

Periquitos



O periquito foi trazido para a Europa pela primeira vez pelo explorador e naturalista John Gould em 1840, tornando-se imediatamente uma ave muito popular. De facto, quarenta anos mais tarde os estabelecimentos comerciais de criação, que possuíam mais de 100 mil exemplares, procuravam satisfazer uma procura cada vez maior no continente europeu. As mutações de cor começaram a surgir nos finais do século XIX, aumentando a beleza dos periquitos; as novas cores constituíam uma novidade e representavam lucros financeiros consideráveis para os criadores que tinham a sorte de conseguir criar estas aves. As ex-posições abertas ao público, aliadas à criação do Budgerigar Club (designação que foi alterada mais tarde para Budgerigar Society) em 1925, na Grã-Bretanha, chamaram a atenção de uma camada mais vasta da população para estas aves, cuja popularidade depressa ultrapassou a dos canários. O periquito é, actualmente, o pássaro doméstico mais comum em todo o mundo, existindo milhões de exemplares como aves de estimação, de aviário e de exposição.
Os periquitos são pássaros que se adaptam com facilidade a qualquer meio; o seu habitat natural são as terras áridas e geralmente inóspitas da Austrália. A criação destas aves é fácil, visto serem pouco exigentes em termos de alimentação, mesmo durante o período de reprodução. Ao contrário do que sucede com muitos outros membros da família dos Psitacídeos, estas aves não são barulhentas, não deixando, porém, de ser capazes de reproduzir os sons da voz humana. A sua boa disposição e docilidade natural despertam o carinho das pessoas de todas as idades. Embora possam infligir uma bicada dolorosa se forem manuseados sem o devido cuidado, os periquitos podem ser facilmente chamados à atenção sempre que for necessário e não constituem perigo para as crianças. Além disso, e ao contrário do que sucede com alguns periquitos da Austrália, adaptam-se bem à vida numa gaiola e podem viver oito anos ou mais.
Quer esteja à procura de um pássaro doméstico ou a pensar em instalar um aviário no jardim, verificará que a criação de periquitos é um passatempo relaxante e gratificante. Até se pode dar o caso de decidir levar os seus periquitos às exposições, à medida que o seu interesse por estas aves for aumentando!
Criação:
O primeiro requisito é um local onde os periquitos possam criar. Pode ser um telheiro, uma garagem, uma cave, uma divisão inutilizada ou mesmo um aviário especialmente construído para o efeito. Será uma boa ideia começar num local onde exista muito espaço, ou pelo menos algum espaço que possibilite alguma expansão, o que será inevitável pois, assim que os periquitos começarem a criar o espaço começará a escassear, a não ser que seja psicologicamente muito forte! Lembre-se de que irá necessitar de gaiolas de stock e voadeiras nas quais possa manter as aves quando elas não estão a criar, e os mais novos enquanto decide com quais vai ficar.
Seria também uma boa ideia disponibilizar para as aves uma luz nocturna. As aves tendem para entrar em pânico quando são deixadas no escuro e existe um barulho ou algum flash de luz que elas não conhecem. Quando as luzes principais se apagam, deve deixar-se uma luz de baixa voltagem acesa que proporcione luz suficiente às aves sem as manter acordadas. Isto também ajuda a evitar a possibilidade de uma fêmea deixar o ninho durante a noite e depois não conseguir encontrar a entrada para o seu ninho, deixando os ovos arrefecer ou as crias morrer de frio.Tem também de decidir se vai criar por prazer, por novas cores ou para exposições. Isto irá influenciar bastante o tipo de aves a comprar e o preço a pagar.A maioria das pessoas começa pelo gosto das variedades de cores que pode encontrar nos periquitos. Neste caso pode adquirir as suas aves em qualquer lugar onde as possa encontrar à venda mas certifique-se de que são saudáveis. Se pretende entrar em exposições e tem uma natureza competitiva, então compre os melhores periquitos que puder a criadores com alguma reputação.Uma sugestão para quem quer comprar pássaros de qualidade para exposições é, levar a nossa melhor ave numa gaiola e perguntar ao criador se a podemos comparar com aquela que queremos comprar. O mais provável é o criador não querer que a nossa ave entre no seu aviário, devido ao risco de infecções, mas provavelmente não se oporá a que compare as duas aves fora do aviário. É muito fácil deixar-se levar num aviário de outra pessoa e, quando chegamos a casa, descobrimos que já temos aves melhores que aquela que acabamos de comprar. Se procurar por um parceiro(a) para uma ave em particular, então leve-a consigo, de forma a poder verificar se a sua escolha se adequa para essa ave em particular.Seja qual for o motivo pelo qual pretende começar a criar periquitos, três casais serão um bom começo. Dar-lhe-ão alguma experiência de criação sem que tenha de ter muito trabalho. Terá tempo para conhecer as suas aves, o seu comportamento e as suas necessidades.Certifique-se de que as aves estão em condições para criar antes de as encasalar. Isto significa que elas deverão ser activas, as fêmeas deverão cantar e roer tudo o que vêem e os machos deverão chamar-se e alimentar-se uns aos outros. Normalmente, a cera dos machos torna-se num azul mais brilhante enquanto que a das fêmeas fica ligeiramente mais castanha. Isto nem sempre se verifica pois, em algumas fêmeas a cera parece nunca variar mas mesmo assim criam bem.Será também uma boa ideia separar os machos das fêmeas algumas semanas antes do momento em que deseja que comecem a criar. Durante este tempo deve preparar as gaiolas nas quais os casais irão criar. As gaiolas completamente em metal são mais fáceis de limpar e ajudam a evitar os parasitas, não lhes dando nenhum local para se alojarem. Outra vantagem é que a fertilidade aumenta uma vez que os periquitos são aves de bando e que criam melhor em comunidade, assim, sendo as gaiolas todas em metal, as aves podem ver-se e têm uma ideia de colónia. Outra possibilidade é a criação em colónia. Se esta for a sua decisão, deverá então colocar no aviário pelo menos dois ninhos por cada fêmea de forma a evitar as lutas quando elas decidem todas querer o mesmo ninho!

Se preferir também pode utilizar material de madeira ou de plástico, de forma a facilitar a limpeza, com frentes de metal. Irá necessitar também de ninhos ou no chão da gaiola ou suspenso no exterior da mesma. Normalmente os ninhos suspensos são colocados numa das portas da gaiola. Pode também utilizar uma pequena camada de serradura no fundo do ninho (mas atenção, utilizar apenas serradura de pinho pois outras podem ser tóxicas, nomeadamente de madeiras exóticas) que ajuda a absorver as fezes das aves contribuindo para uma maior higiene e previne também que os ovos rolem no fundo do ninho sempre que a fêmea entra e sai.

De forma a prevenir infecções de parasitas, uma vez nascidas as crias deve limpar os ninhos regularmente (uma vez por semana por exemplo) e pulverizá-los com um insecticida próprio para aves (durante esta operação deve retirar as crias do ninho).

Se pretender assegurar que todos os ovos serão fertilizados poderá ser uma boa ideia aparar as penas (ou mesmo arrancá-las) quer do macho quer da fêmea na zona do ventre antes de os juntar na gaiola de criação e poderá fazê-lo também entre cada postura. No caso de estar a contar com alguma destas aves para alguma das primeiras exposições da época, deverá considerar bem este facto pelo que as pelas levarão bastante tempo a crescer novamente. Após formar o casal poderá esperar 21 dias para ver se produzem ovos. Se neste espaço de tempo não puserem nenhum ovo poderá separar o casal e tentar parceiros diferentes ou colocar os dois nas gaiolas de vôo durante algumas semanas antes de voltar a tentar juntá-los novamente. Na maior parte dos casos as fêmeas começam a pôr após 10-12 dias. A fêmea põe um ovo de dois em dois dias até finalizar a postura, que pode variar entre 3 e 9 ovos. Os ovos levam 18 dias a eclodir e, se todos foram fertilizados, as crias eclodirão de 2 em 2 dias. É possível também em alguns casos que o primeiro ovo demore mais que 18 dias a eclodir.
As aves irão necessitar de nutrientes extra durante o período em que alimentam as crias pelo que, deverá colocar à disposição das aves papa de criação além de também poder adicionar um tónico vitamínico na água da bebida.

Diamantes-de-Gold

O Diamante-de-Gould distribui-se essencialmente pelo norte de Austrália. Mede cerca de 13/14 cm. A distinção entre os sexos é relativamente fácil para um criador minimamente experiente: as cores dos machos são muito mais vivas que a das fêmeas, e durante a época de criação as fêmeas possuem o bico com uma cor cinzento-escuro. Os Diamantes-de-Gould são aves pacificas, que gostam de companhia. No seu estado natural vivem em grandes bandos. Estas aves devem ser mantidas em grupo num viveiro interior que ronde os 20ºC . Esta temperatura é normalmente fácil de conseguir, pois ronda mais ou menos a temperatura que está normalmente dentro de nossa casa. Muitos criadores utilizam calor artificial para a criação destas aves, mas de hoje em dia cada vez mais os criadores criam com a temperatura normal, e diga-se que é o ideal visto que se adquirirem uma ave criada e mantida através de calor artificial, esta dificilmente se iria adaptar ao novo clima, são aves que são frágeis a mudanças bruscas de temperatura. Quanto à alimentação, estas aves comem a comida de exóticos (misturando sempre mais um pouco de milho alvo e alpista), mas também já se encontra facilmente em lojas da especialidade comida própria para Diamantes de Gould. Na altura da muda é muito importante dar-lhes alimentos ricos em proteínas, vitaminas e sais minerais. Quanto à criação destas aves, hoje em dia está bem mais facilitada com a “adopção” dos bengalins. Estas aves tinham fama de serem difíceis de criar, pois as fêmeas abandonavam o ninho muito cedo. Nos dias de hoje isso foi facilmente contornado, pois usam-se os bengalins para criarem estes pássaros. Para a criação separam-se em casais como fazemos com os canários, mas em alturas completamente contrárias (normalmente criam-se entre Setembro e Março). As pequenas crias quando saírem do ninho apresentam uma plumagem escura, ficando com a plumagem definitiva com cerca de 5 meses de vida. Para acabar, estas aves adoram gozar de um pouco de sol (se for possível dar-lhes), uma doce maçã, uma couve… São alimentos que se lhes deve dar além da alimentação base. Também não suportam locais com humidade acima dos 70%.

Imagens de Bengalins-do-Japão

Aqui ficam algumas imagens de Bengalins-do Japão...


   


Os Bengalins-do-Japão (Manons)


O Bengalim-do-Japão ou Manon é a mais difundida em cativeiro de todas as aves exóticas. Esta espécie não existe em estado selvagem, não porque tenha sido extinta, mas sim porque nunca existiu. A origem do Bengalim-do-Japão é um pouco controversa, sabe-se que surgiu à muitos anos no Japão e resulta do cruzamento de diversas espécies do género Lonchura e Spermetas que, a partir de exemplares férteis deram origem a esta espectacular ave com cerca de 11 centímetros, aproximadamente. O bengalim é a principal razão para o sucesso da maioria dos criadores de aves exóticas, isto porque, a maioria delas nem sempre se revelam bons progenitores, ou porque abandonam os ovos em caso de inspecção do ninho. Com a utilização de bengalins como madrastas, todos estes problemas deixam de existir, pois esta ave revela um enorme instinto procriador, alimentando quase que qualquer bico que lhe seja colocado no ninho, têm ainda a vantagem de muito dificilmente abandonarem o choco, por mais inspecções que sejam feitas ao ninho. Estas características fantásticas fazem com que os bengalins sejam famosos pela sua capacidade como pais adoptivos para outras espécies mais complicadas de exóticos, cuidando assim de uma forma soberba os ovos e/ou crias de outras aves (ditas compatíveis), se estes forem colocados no seu ninho.
Trata-se de uma ave extremamente prolífera, se lhe for permitido cria durante todo o ano.Para além do citado e, ao contrário de muitas outras espécies exóticas, o bengalim procria excelentemente em gaiolas, sendo preferível manter apenas um casal por gaiola (*). O ninho é construído numa caixa de ninho fechada ou semiaberta, utilizando diversos materiais como feno e fibra de coco. A fêmea põe entre cinco a sete ovos, que são chocados por ambos os progenitores. Quando as crias atingem as seis semanas de vida podem e devem ser separadas dos pais pois, a fêmea, normalmente, já se encontra a chocar novos ovos e as crias têm tendência para frequentar os ninhos dos progenitores.
Quanto a cuidados com a alimentação, o bengalim não é menos exigentes se comparado com outras aves exóticas, a principal diferença consiste na sua extraordinária capacidade de resistência. Devemos para além da mistura para exóticos oferecer-lhes aveia descascada, milho painço, algum alimento verde, um suplemento proteico que normalmente será uma papa das disponíveis no mercado e grit sempre à disposição, de modo a que as aves possam satisfazer as suas necessidades digestivas.
A diferenciação dos sexos só é possível pelo comportamento, trata-se de uma ave sem dimorfismo sexual onde os machos podem ser detectados pelos seus comportamentos de corte com pequenos saltos e trinados. Existe actualmente um grande leque de colorações, existindo também aves com poupa e frisadas (muita raras). Actualmente são já uma presença habitual em quase todas as exposições e/ou campeonatos, uma presença mais do que merecida.

Doenças de cavalo

Garrotilho, Gurma - adenite eqüina
Sintomas: Corrimento nasal acompanhado de tosse; gânglios faringianos, sub-linguais, submaxilares e proparotídeos aumentados, dificultando a respiração, podendo asfixiar.
Lesões: abscessos contando pus cor creme na região faríngea; baço aumentado com focos purulentos.
Material para exame: em geral não é necessário, pois é fácil o diagnóstico pelos sinais clínicos.
Profilaxia: desinfecção dos boxes, baias, bebedouros, cochos e demais instalações e vacinação.
Tratamento: isolar os doentes e manter em observação os suspeitos; vacinar.

Tétano
Sintomas: rigidez geral ou localizada; "trismus" maxilares; narinas dilatadas cabeça distendida, orelhas levantadas e aproximadas; cola erguida; olhos fora das órbitas; locomoção dificultosa e febre elevada.
Lesões: não existem lesões típicas à necropsia.
Material para exame: pus ou raspagem das feridas contaminadas para isolamento do germe pouco usado.
Profilaxia: desinfecção das feridas acidentais e cirúrgicas, notadamente a dos membros, que devem ser protegidas com pensos; soro antitetânico; assepsia do instrumental cirúrgico.
Tratamento: urotropina, antiespasmódicos e soro antitetânico em doses maciças; a não ser no início da doença, isso é de pouco valor. Manter o animal abrigado dos raios solares, chuva, barulho e outros agentes existentes.

Mal das cadeiras, tripanossomíase (t.equinum)
Sintomas: emagrecimento progressivo, febre intermitente e remitente, paralisia dos membros posteriores, que fazem deslocar os membros de um lado para outro quando o animal troteia; progredindo a paralisia, o que obriga o animal a permanecer em decúbito até a morte.
Lesões: nenhuma característica a não ser anemia e icterícia Material para exame: esfregaços de sangue. Profilaxia: isolamento das áreas suspeitas; sacrificar os doentes mais graves queimar os cadáveres.
Tratamento: quimeoterápicos específicos, porém com resultados duvidosos, dependendo do estágio da doença.

Mal do coito, mal de faveiro-durina, tripanossomíase (t. equiperdum)
Sintomas: excitação dos machos, micções freqüentes, irritações da uretra, edemas nos genitais e inflamações dos gânglios inguinais, placas de despigmentação na pele do períneo e órgãos genitais. Nas fêmeas, a vulva e o úbere se inflamam, com placas de despigmentação.
Lesões: as da anemia e as descrita nos sintomas.
Material para exame: esfregaços de sangue.
Profilaxia: isolar as áreas contaminadas e os reprodutores portadores.
Tratamento: quimeoterápicos específicos e desinfecção local com uso de cicatrizantes.

Esponja, ferida de verão - habronemosa
Sintomas: três formas: gástricas, pulmonar e cutânea; nas duas primeiras, poucos sinais clínicos; na cutânea, granulações, obrigando o animal a coçar-se, a ponto de sangrar, atraindo as moscas para novas instalações.
Lesões: as descritas nos sintomas.
Material para exame: fezes.
Profilaxia: combate às moscas, proteger as feridas.
Tratamento: na forma cutânea cirurgia e uso de produtos cicatrizantes.

Verminoses - helmintíases
Sintomas: perturbações gastro-intestinais e circulatórias com mortalidade e emagrecimento, fezes sanguinolentas, cólicas e anemias.
Lesões: catarro no intestino; intestino lesionado e com vermes; úlceras.
Material para exame: fezes.
Profilaxia: não criar em terrenos baixos, alagadiços.
Tratamento: uso de vermífugos.

Sarnas - acarioses
Sintomas: prurido intenso à noite e nas horas mais quentes do dia; crostas na pele.
Lesões: depilação e túneis na pele.
Material para exame: raspado na pele.
Profilaxia: desinfecção rigorosa nas instalações e material de arreamento.
Tratamento: isolar os doentes, dar banhos com produtos químicos específicos.

Gasterofilose
Sintomas: ataca geralmente animais invernados; se o animal começar a coçar-se com os lábios, língua e dentes; emagrecimento progressivo, cólicas violentas, anemias, fraqueza e hemorragia nos casos graves.
Material para exame: partes do tubo digestivo.
Profilaxia: limpeza rigorosa, desinfecção, combate às moscas.
Tratamento: complexo vitamínico: A D E+ B.

Raquitismo
Sintomas: distúrbios no crescimento, magreza, articulações aumentadas de volume, pelos opacos, defeitos nos aprumos e no andar.
Lesões: as descritas nos sintomas; ossos porosos; maior porosidade nas extremidades.
Material para exame: não é necessário.
Profilaxia: alimentação balanceada, especialmente de sais minerais.
Tratamento: difícil recuperação nos casos mais graves; alimentação correta, reforço de vitaminas A D E+ complexo B, ferro e sais minerais.

Cara inchada - osteodistrofia
Sintomas: progressivo abaulamento dos ossos da face e aumento da espessura das mandíbulas em ambos os lados da cabeça; ossos frágeis; fraturas.
Lesões: deformações dos ossos da cabeça.
Material para exame: sangue total não coagulado; soro sanguíneo; fezes; forrageiras das pastagens; alimentos concentrados utilizados nas rações.
Profilaxia: rações equilibradas com relação apropriada de cálcio, fósforo, volumosos à base de leguminosas (alfafa); reduzir as proporções de milho e farelos de trigo ou de arroz; pastagens de gramíneas de leguminosas; correção dos solos das pastagens (calagens); evitar pastagens alagadiças; tratamento preventivo de verminose estruturas minerais suplementares com sais de cálcio e vitamina D.
Tratamento: suspender rações de concentrados à base de milho e farelo de trigo; fornecer fenos de leguminosas (alfafa); sais minerais para estabelecerem boa relação Ca:P nas rações. A administração de Ca e P pode ser injetável ou via oral.

Aguamento
Sintomas: congestão das mucosas; respiração acelerada; edema nos membros; pulso acelerado; dificuldades de andar; apóia os membros sobre os talões; cascos quentes e coroas inflamadas.
Lesões: as sintomáticas.
Profilaxia: boa higiene, alimentação. Tratamento: sangria, desferrar, soro hidratante.


Doenças de Pele

Os fungos estão normalmente presentes no meio ambiente e na pele dos animais com uma certa abundância, mas apenas algumas espécies apresentam a capacidade, em determinadas circunstâncias, de causar doença. Tradicionalmente, os problemas de pele nos cavalos não são considerados situações particularmente preocupantes. Na verdade, alguns acabam por se resolver espontaneamente sem qualquer tipo de tratamento, embora possa demorar algum tempo. Outros, porém, tornam-se bastante críticos, quer pela possibilidade de contágio ao homem, como é o caso da tinha (infecção por fungos) e da sarna (infecção por ácaros, pequenos parasitas da pele), quer pela gravidade da doença propriamente dita e dos seus sintomas.

Hipersensibilidade à Picada das Moscas
(Hipersensibilidade à picada das moscas)

Animais com prurido intenso, por exemplo, coçam-se até no próprio arreio ou em qualquer superfície rugosa ou mesmo cortante, provocando feridas que constituem uma porta de entrada para todo o tipo de infecções. Vamos agora debruçar-nos sobre algumas situações que afectam a pele dos cavalos, começando pelas mais frequentes. Os fungos estão normalmente presentes no meio ambiente e na pele dos animais com uma certa abundância, mas apenas algumas espécies apresentam a capacidade, em determinadas circunstâncias, de causar doença (tinha ou dermatofitose). Por essa razão, uma amostra de pêlos que revele a presença de fungos não é necessariamente significativa. Por outro lado, os fungos são agentes que facilmente se instalam secundariamente quando outros factores danificam a pele, ou mesmo quando o sistema imunitário se encontra enfraquecido, não sendo por vezes a causa primária da doença. Neste tipo de infecção por fungos (dermatófitos) os animais afectados apresentam várias áreas de descamação e alopécia (zonas sem pêlo), com ou sem prurido, não estando geralmente envolvidos a crina e a cauda.

Infecção por Fungos
(Infecção por Fungos)

As situações de natureza alérgica são também bastante frequentes, podendo ser causadas por alimentos, pelo contacto com produtos químicos aplicados nas instalações, por medicamentos, por produtos de limpeza ou insecticidas aplicados sobre os animais, por picadas de insectos, etc.. As picadas das moscas são precisamente uma das principais causas de reacções alérgicas no cavalo. Existe uma grande variedade capaz de desencadear este tipo de reacções, mas as Culicoides são talvez as mais frequentes. São moscas extremamente pequenas (1 a 3 mm) mas de picada dolorosa, activas em tempo quente e sem vento (pois são fracas voadoras) e alimentam-se desde o cair da noite até ao amanhecer. As larvas desenvolvem-se em águas estagnadas. Apenas alguns cavalos desenvolvem uma reacção de hipersensibilidade às suas picadas, havendo uma certa predisposição familiar. As lesões localizam-se na cabeça, orelhas, peito, crina e base da cauda, podendo variar consoante a espécie de Culicoides. O prurido intenso é o principal responsável pelas lesões, levando os animais a coçarem-se em qualquer aresta ou mesmo a morderem-se. Esta situação tende a agravar-se ano após ano, após uma aparente melhoria durante os meses de Inverno, e não tem cura desde que estejam presentes Culicoides.

Infecção por Fungos
(Infecção por Fungos)

O seu tratamento passa, portanto, pelo controlo destes insectos através do estábulo durante os períodos em que estes se alimentam, do uso de insecticidas ou repelentes, de redes para mosquitos, e ainda pela administração de medicação apropriada de modo a eliminar ou reduzir o prurido. Outros agentes que podem causar prurido intenso são os ácaros da sarna. Estes parasitas provocam lesões com localização diferente consoante a espécie a que pertençam: na cabeça e pescoço, na base da crina e da cauda, ou nos membros, mas em fases avançadas as lesões podem espalhar-se a outras zonas. Esta doença transmite-se por contacto directo e é contagiosa ao homem, embora geralmente sem grande gravidade. Certos animais desenvolvem reacções inflamatórias superficiais em zonas brancas ou despigmentadas do corpo (geralmente no focinho e na extremidade dos membros). São processos de fotosensibilização, associados geralmente à ingestão de certas plantas ou a alterações dometabolismo do fígado. Como podemos constatar, situações aparentemente idênticas podem ter causas bastante distintas.

Fotosensibilização
(Fotosensibilização)

A base da cauda coçada e sem pêlo, por exemplo, é geralmente um sinal de parasitismo intestinal, mas também pode tratar-se de um caso de hipersensibilidade à picada de insectos, alergia alimentar, sarna ou apenas um vício comportamental. Mesmo depois do cavalo parar de se coçar ainda temos de esperar um a dois meses até a cauda voltar a crescer. Os tratamentos usados em dermatologia equina são muito variados consoante a situação a que se destinam, mas convém não esquecer que tratar os animais pode não ser suficiente: o ambiente, as camas, o material de limpeza, os arreios, devem merecer atenção pois estão muitas vezes implicados. Quanto aos cavalos de competição, fica também uma chamada de atenção: uma simples pomada, spray ou qualquer outro produto aplicado sobre a pele pode conter substâncias que, ao serem absorvidas, poderão vir a ser detectadas mais tarde nos testes de controlo antidoping.
Decomentado por:
Dr. João Paulo Marques


Odonto Equino

A odontologia eqüina é uma área relativamente nova como especialidade veterinária. Proprietários, treinadores e veterinários estão cada vez mais valorizando o exame e o tratamento dentário, incluindo-os na sua rotina.
As principais razões pelas quais há grande necessidade dessa prática são: Nós modificamos os hábitos e os padrões alimentares dos eqüinos através da domesticação e do confinamento; nós freqüentemente selecionamos animais para reprodução sem considerar problemas relacionados à dentição; e nós exigimos cada vez mais de nossos cavalos de performance, iniciando-os em esportes ainda jovens.

O papel do dentista na doma é essencial, pois o conforto promovido pelo tratamento torna o trabalho do treinador e o aprendizado do potro mais fáceis e menos estressantes, melhorando, por conseqüência, o resultado final.
Cólica, queda na performance atlética e perda da condição física podem estar diretamente relacionados à saúde oral do cavalo.
Os problemas mais comumente encontrados nos exames orais são:
1- Excesso de pontas de esmalte. Pontas dentárias, que em excesso, podem lesionar as bochechas e a língua, causando dificuldade mastigatória e desconforto com o uso de cabeçada e embocadura.2- Maloclusão, ou seja, uma relação anormal entre os dentes superiores e inferiores, que pode causar formações pontiagudas, como excesso de pontas de esmalte, bicos e ganchos e desnivelamento, como rampas e degraus nos dentes.3- Dente do lobo. Este dente é vestigial, não tem função na mastigação, mas pode ferir as bochechas, a língua, e/ou entrar em choque com o bridão, podendo ser extremamente desconfortável.4- Desordens de erupção. Dentes decíduos (de leite) impactados são mais comuns do que se pensa, e necessitam de extração, pois podem causar distúrbios na erupção dos dentes permanentes, doença periodontal e dor.5 - Fraturas dentárias. Fraturas são comumente encontradas no exame da cavidade oral de cavalos. Fraturas com fragmentos deslocados podem causar dor nas bochechas e na língua, promover exposição e eventual contaminação da polpa dentária com conseqüente doença endodôntica e formação de abscesso periapical.

É muito importante que se inicie os exames orais nos potrinhos o quanto antes, pois algumas vezes podemos observar problemas que podem ser resolvidos quando o animal é ainda jovem, prevenindo desordens que podem ser determinantes no seu desenvolvimento, assim como em exposições e competições. O cavalo pode reagir ao desconforto e à dor jogando a cabeça para o alto, balançando a cabeça, mordendo a embocadura, com falta de apoio, dificultando manobras para os lados, ou de qualquer outra forma que encontrar para rejeitar a embocadura.
Cavalos que estão em constante manutenção apresentam melhor mastigação e digestão, aproveitando melhor o alimento e diminuindo o risco de cólica. Além disso, há o conforto percebido na hora de montar.

O tratamento periódico, geralmente 2 vezes por ano, é essencial para a manutenção da “saúde bucal” dos cavalos pois as interferências causadas por anormalidades no desgaste dos dentes podem interferir na saúde, na performance, no temperamento e na longevidade do seu cavalo.
Enfim, a odontologia promove melhoras notáveis nos animais nos aspectos físico, atlético, e porque não, psicológico criando condições para que o cavalo desenvolva todo o seu potencial.

cuidados com o hamster

Cuidados com o seu hamster



PREPARAÇÃO E LIMPEZA DA GAIOLA
A gaiola do hamster deve ser preparada cobrindo o chão com lascas de madeira e com material conveniente para que o hamster possa fazer um ninho.
A gaiola deve ser colocada longe da luz solar direta e fora de correntes de ar.
A gaiola deve ser limpa semanalmente e os hamster apreciarão se algum material do ninho velho for colocado na gaiola limpa junto com algum material fresco para ele fazer o ninho.
ALOJAMENTO
Os Hamsters Sírios normalmente não toleram a companhia de outros hamsters quando chegam a 8-10 semanas de idade e por isso eles devem ser alojados separadamente.Um hamster, uma gaiola.
Hamsters Anões vivem em pares ou agrupados com sexos misturados ou únicos.
ESCOVAMENTO
Hamsters não precisam de escovamento, com exceção de machos de pelos longos que podem precisar da escova ocasional para remover lascas da pelagem. Para isso é melhor usar uma escova de dentes macia.
COMIDA E ÁGUA
Água fresca sempre deve estar disponível, fornecida por uma garrafa de água fixada ao lado da gaiola.
Os hamsters devem ser alimentados com uma ração básica cada noite e também pode ser fornecidos suplementos alimentares. Adiantando o tempo de alimentação um pouco cada dia é possível encorajar o hamster para acordar mais cedo.
DENTES
Os dentes de um hamster crescem continuamente e para manter os dentes no comprimento correto o hamster roe. Lojas de animais de estimação, Pet Shop vendem uma variedade de produtos especificos para os hamsters roer. Também madeira de árvores frutíferas fornecerão algo para o hamster roer.. Biscoitos de cachorro duros também ajudarão a manter os dentes de um hamster no comprimento correto.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Saúde do seu cão


Babesiose – Doença do Carrapato


A Babesiose (ou Piroplasmose) é mais uma doença transmitida pelos indesejáveis carrapatos aos nossos cães. Assim como a Erliquiose, ela também pode ser chamada de “Doença do Carrapato” e chega silenciosamente. A Babesiose, se não tratada, pode ser mortal, assim como aErliquiose.
 
Essa doença é transmitida através do carrapato marrom (Rhipicephalus sanguineus), o famoso “carrapato do cão“. Ela é causada pelo protozoário Babesia canis, que infecta e destrói os glóbulos vermelhos (diferente da Erliquiose, que é causada por uma bactéria que destrói os glóbulos brancos).
 
Os carrapatos precisam de um ambiente quente e úmido para se reproduzir, por isso são muito mais comuns em países tropicais. No Brasil, a Babesiose é mais comum no Nordeste e menos comum no Sudeste e no Sul.
 
 
Atenção aos carrapatos!
 
babesia Babesiose   Doença do CarrapatoO carrapato do cão (Rhipicephalus sanguineus) é encontrado no meio ambiente muito facilmente, como canis, muros, telhados, batentes de portas, troncos e cascas de árvores, parte de baixo de folhas e plantas, residências etc. Esse parasita é muito sensível à claridade, por isso se “escondem” em ambientes com pouca luz. Vale lembrar que o homem não pode ser hospedeiro dos carrapatos. Isso porque dificilmente uma pessoa irá deixar que um carrapato fixe-se em sua pele sem retirá-lo. Além disso, para ser infectado pela doença (tanto a Babesiose quanto a Erliquiose), o carrapato precisa ficar preso à pele por no mínimo 4 horas, o que é muito difícil de ocorrer, já que assim que picados, nossa primeira reação é retirar o parasita do nosso corpo. Como os animais não tem essa capacidade, eles dependem de nós para verificar se há algum carrapato em seu corpo.
 
Importante lembrar que os carrapatos não vivem sem um hospedeiro, pois precisa de seu sangue para sobreviver, sugando-o até ficar saciado. Depois de se alimentar, eles se soltam do hospedeiro até precisar de sangue novamente e partir em busca de um outro animal cujo sangue irá servir de alimento.
 
O carrapato é infectado quando se alimenta do sangue de um cão com Babesiose. Uma vez ingeridas as babésias, elas se instalam e contaminam os ovos que serão postos pelo carrapato fêmea. Depois de já terem contaminado os ovos, as larvas e as ninfas, esses protozoários se fixam nas glândulas salivares do carrapato adulto e se multiplicam neste lugar. Quando este carrapato contaminado for sugar o sangue do próximo hospedeiro (cão), irá infectar este cão com a Babésia.
 
carrapato3 Babesiose   Doença do Carrapato
 
 
Sintomas da Babesiose
 
Após a infecção, a presença de parasitas no sangue acontece dentro de um ou dois dias, perdurando por cerca de quatro dias. Os microorganismos então desaparecem do sangue por um período de 10 a 14 dias, ocorrendo então uma segunda infestação dos parasitas, dessa vez mais intensa.
 
Muitas infecções por Babesia canis são inaparentes. Em alguns casos, os sintomas clínicos se tornam aparentes apenas após esforço (decorrente de exercício esgotante), cirurgias ou outras infecções. Tipicamente os sintomas da Babesiose são: febre, icterícia, fraqueza, depressão, falta de apetite, membranas mucosas pálidas e esplenomegalia (aumento do baço). Podemos encontrar ainda perturbações da coagulação e nervosas. Por isso é sempre bom estar atento ao comportamento do seu cão. Se de repente ele ficar prostrado, triste, apático, sem ânimo e com atitudes anormais para seu temperamento, investigue imediatamente o que pode estar ocorrendo. Ele pode estar apenas enjoado, mas ele também pode estar infectado, com Babesiose ou Erliquiose, ambas as doenças podendo ser chamadas de “Doença do Carrapato”.
 
Encontrou um carrapato no seu cachorro? Observe seu cão durante três ou quatro dias e repare se há:
- um enorme abatimento;
- apatia, tristeza, prostração;
- febre;
- grande cansaço;
- urina escura (“cor de café”);
- mucosas de cor amarelada antes de se tornarem “branco de porcelana “.
 
Nos exames de laboratório (sangue), os sintomas mais frequentes são: anemia, aumento dos níveis de bilirrubina no sangue, presença de bilirrubina e hemoglobina na urina e diminuição do número de plaquetas. É muito comum a presença de quadros de insuficiência renal aguda.
 
A babesiose é uma causa infecciosa de anemia hemolítica. O espectro da doença varia de uma anemia leve, clinicamente inaparente, a uma forma fulminante com marcada depressão e achados clínico-patológicos consistentes com coagulopatia intravascular disseminada.
 
 
Diagnóstico
 
Exame de sangue imediatamente. O diagnóstico é confirmado pela identificação dos microorganismos de Babesia nas hemácias em esfregaços sanguíneos corados. Contudo, nem sempre os microorganismos podem ser encontrados nos esfregaços sanguíneos e nestes casos podem ser realizados testes sorológicos para confirmação do diagnóstico.
 
 
Tratamento e cura da Babesiose
 
O tratamento da babesiose vai abranger duas questões: o combate ao parasita e a correção dos problemas que foram causados por este parasita (como a anemia e a insuficiência renal, por exemplo).
 
Atualmente, os veterinários possuem à sua disposição piroplasmicidas (Babesicida) capazes de destruir o parasita. O tratamento das complicações da doença, que é indispensável, consiste por exemplo na cura da insuficiência renal (por diferentes meios, entre os quais a hemodiálise, ou seja, o rim artificial), além de serem tratadas as demais complicações da doença.
 
Essas graves complicações, como a insuficiência renal e a anemia aguda, podem levar à morte do cão. Por isso é tão importante diagnosticar a Babesiose Canina o mais rápido possível, assim as sequelas hepáticas e renais são evitadas ao máximo.
 
 
Como prevenir a Babesiose
 
carrapato grama 300x199 Babesiose   Doença do CarrapatoA melhor maneira de prevenir essa doença é evitando os temíveis carrapatos. É importante desparasitar frequentemente o local onde o cão vive e o próprio cão também. Uma maneira simples e eficaz é manter a grama do jardim sempre curta, para evitar que carrapatos se escondam por baixo das folhas. Outra forma eficaz é a aplicação da “vassoura de fogo” ou “lança chamas” nos muros, canis, estrados, batentes, chão etc., pois elimina todas as fases do carrapato: ovos, larvas, ninfas e adultos. Para desparasitar o cachorro, existem vários métodos: pós, sprays, banhos, coleiras anti-parasitas, medicamentos orais, etc. Ainda não há uma vacina eficaz contra a doença.

Cinomose


Você sabia que a Cinomose pode matar? Conheça a doença, entenda seus sintomas e fique sempre atento ao seu cachorro. E lembre-se: sempre vacine seu cão.
cinomose1 Cinomose
O que é a cinomose?
Trata-se de um doença que acomete os cães. Ela pode atingir vários órgãos, ou seja, é sistêmica, podendo atuar em todo o organismo.
É altamente contagiosa, sendo causada por um vírus que sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio, e menos de um mês em local quente e úmido. É um vírus muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns e, leva quase sempre à morte tanto filhotes, porém os adultos também podem se contaminar se não vacinados. Não escolhe sexo ou raça, nem a época do ano.
Como é feita a transmissão?
Ela se dá através de animais que se contaminam por contato direto com outros animais já infectados ou pelas vias aéreas quando respiram o ar já contaminado.
Alguns animais doentes podem ser assintomáticos, ou seja, não apresentarem sintomas, porém estão disseminando o vírus para outros animais ao seu redor através de secreções oculares, nasais, orais ou pelas fezes, sendo que a principal fonte de transmissão é através de espirros, pois quando o animal espirra, elimina gotículas de água pelo nariz e estas gotículas estão contaminadas com o vírus. Este ato de espirrar pode contaminar cães sadios que estiverem por perto ou até mesmo um humano pode carregar o vírus nas suas roupas ou sapatos, sem se contaminar indo até um animal sadio, onde será depositado. Portanto, o cão pode se infectar por via respiratória ou digestiva, através de contato direto ou fômites (um humano, por exemplo) e até por água e alimentos que contenham secreções de animais contaminados.
Os sintomas da Cinomose:
Cinomose 1 CinomoseDepois que o animal foi infectado, ocorre um período de incubação de 3 a 6 dias ou até 15 dias, que é o tempo que o vírus leva para começar a agir dentro do organismo e fazer com que o cão apresente os sintomas. Após isso, o animal apresenta febre que pode chegar até os 41º C com perda de apetite, apatia (ficar quieto demais), vômito e diarréia, corrimento ocular e nasal. Estes sintomas iniciais podem durar até 2 dias.
Após isso, o animal pode se apresentar com o comportamento normal, como se estivesse curado, passando uma idéia de que poderia ter sido acometido apenas de um mal estar temporário. Essa falsa idéia de que está tudo de volta ao normal pode permanecer por meses.
Após isso, surgem os sinais patognomônicos (específicos), da cinomose e a intensidade destes sinais dependerão do sistema imune de cada animal.
Dentre estes sinais típicos podemos citar vômito e diarréia, novamente o corrimento ocular e nasal e sinais de alteração do sistema nervoso como falta de coordenação motora (o animal parece estar “bêbado”), tiques nervosos, convulsões, paralisias.
De acordo com o estado do sistema imunológico do animal como um todo, ele pode vir a óbito diante de apenas um só sintoma ou pode sobreviver desenvolvendo todos os sintomas, a todas as fases com prognóstico desconhecido.
Pela ordem geralmente, os primeiros sintomas da segunda fase (aquela após meses em estado normal) são a febre, falta de apetite, vômitos, diarréia e dificuldade de respirar (dispnéia). Posteriormente, conjuntivite com muita secreção ocular, secreção nasal acentuada e peneumonia. Passada uma ou duas semanas, os sintomas neurológicos são apresentados. Diante destes sintomas, o cão pode ficar agressivo, tendo dificuldade em reconhecer seu dono, pois ocorre uma inflamação no cérebro. Pode ocorrer também uma paralisia dos músculos da face e diante disso o cão não consegue beber água, pois a paralisia não permite que ele abra a boca. As lesões cerebrais e medulares devido ao vírus podem causar paralisia no quarto posterior como se o animal estivesse “descadeirado”, ou apresentar incoordenação motora. Os sintomas tendem a piorar conforme os dias se passam, de forma lenta ou rápida, dependendo de cada animal, porém não regridem depois do vírus já estar devidamente instalado no organismo.
Tratamento
Um tratamento para o vírus da cinomose não existe. O que o médico veterinário pode fazer, após a confirmação através de exames laboratoriais que o animal contraiu o vírus, é tratar medicamentosamente dos eventos paralelos que o vírus causa. Por exemplo, o animal pode receber medicamentos para a febre, diarréia, vômitos, convulsões, secreções, mantendo o animal em um ambiente limpo e com temperatura agradável, realizando uma alimentação correta, melhorando, com isso, os sintomas, porém, não eliminando e nem combatendo o vírus em si. O prognóstico, mais uma vez, varia de acordo com cada animal. Os filhotes, por exemplo, possuem um prognóstico desfavorável de recuperação, possuindo alta taxa de mortalidade, pois seu sistema imunológico está desenvolvido, porém não está apto totalmente para combater todos os sintomas causados pelo vírus.
Como prevenir a Cinomosepet vaccination dog 1011 298x232 Cinomose
Como o próprio nome já diz, a única forma de combater a cinomose é através da prevenção com o importante e indiscutível ato davacinação.
As vacinas contra cinomose disponíveis no mercado podem ser compostas pelo vírus atenuado, conhecidas como V10, utilizadas há muito tempo. Existem também as vacinas recombinantes, mais modernas, desenvolvidas para imunização de humanos e animais.
No plano de vacinação, os cães podem ser vacinados a partir de 6 semanas de idade, ficando a critério do médico veterinário, pois se o animal estiver debilitado, fora de peso, com parasitose, a recomendação é de que seu estado físico possa ser restabelecido antes da vacinação.
Os filhotes devem receber 3 doses desta vacina na primeira fase da vida. Posteriormente, os cães devem receber uma dose da vacina anualmente. Portanto, resumindo, são 3 doses, a primeira com 6 semanas de vida, após estas, fazer um reforço uma vez ao ano.
Portanto, é preciso deixar bem claro que a cinomose é um vírus que pode ser letal, que não possui cura e que cabe aos proprietários o dever de se realizar a vacinação dos seus cães de modo a prevenirem que os seus e os outros possam vir a contrair. Os cães não podem falar a língua dos humanos, necessitando, portanto, que nós, enquanto cidadãos responsáveis, façamos a parte que nos deve, colaborando para a saúde dos nossos amigos e também com a saúde pública de toda uma comunidade.

Síndrome de Ansiedade de Separação (SAS)


O assunto é sobre a Síndrome de Ansiedade de Separaçãoque vem tomando uma importância cada vez maior nos dias de hoje, especialmente devido ao modo de vida muito atribulado dos proprietários, como também a uma forte dependência que os humanos passaram a adquirir em relação aos seus cães, como se estes fosses seus filhos, ou até mesmo uma extensão de seus donos.
Sabe-se que a humanidade está cada vez solitária, individualista, não por pura vontade, mas sim pela necessidade dos tempos modernos em trabalhar mais e, como conseqüência, lucrar mais e “ser mais feliz”. Esse comportamento necessita de uma válvula de escape, pois não se vive só, sem família por perto ou sem amigos. É no âmbito deste sentimento de solidão e carência que algumas pessoas passam a adquirir um animal de estimação e fazem deste o centro de suas atenções quando estão juntos. Dormem juntos, comem juntos, muitas vezes compartilhando da mesma alimentação, proporcionando uma relação de dependência mútua. Na maioria das vezes, essa atitude de acolhimento e carinho que o proprietário tem para com o cão é algo que se faz inconscientemente, na tentativa de preencher algum espaço e em troca dar algo bom ao animal. Não cabe nenhum julgamento a qualquer proprietário sobre esse tipo de atitude, pois se o mesmo não possui consciência do que isso pode significar verdadeiramente para o cão, ele não é o culpado, apenas não sabe e o faz na melhor das intenções.
Porém, diante de uma relação extremamente dependente temos como resultado exatamente a dependência extrema. Parece redundante, não é? Porém é algo que se sabe, mas não se entende. Transponha para os relacionamentos humanos. Por exemplo, os pais podem criar uma criança visando dois caminhos: ou induzindo essa criança a ser independente, ensinando quais as atitudes para isso, ou o outro caminho é super protegê-la, o que a tornará uma criança insegura, medrosa por não ter oportunidade em conhecer o novo, de testar suas possibilidades e saber até onde pode ir, e, dependente dos pais, num primeiro momento e de um parceiro(a) num segundo momento da vida.
É assim que se pode fazer com um cão, ou damos as possibilidades para que possa demonstrar seu potencial, fazer suas descobertas, encarando as dificuldades com o medo reservado e próprio destas, ou acolhendo de forma demasiada todas as manifestações de medo, ansiedade, não permitindo que o cão as possa vivenciá-las.
É diante disto que proponho que entendamos melhor do que se trata a Síndrome de Ansiedade de Separação (SAS). Trata-se de uma série de comportamentos manifestados pelos cães quando deixados a sós. O pior é que quando o proprietário não percebe a causa do problema em si e ao chegar  em casa se depara com um sofá totalmente destruído, pune seu animal. A punição é feita de maneira inapropriada e isso colabora para o aumento da freqüência do comportamento indesejado.
O comportamento do cão visto como inadequado se dá por uma resposta dele ao estresse sentido diante da separação de uma ou mais pessoas que mantém um contato estreito.
Esse relacionamento do cão se dá desde filhote, primeiramente com a mãe e irmãos de ninhada e posteriormente, no período de socialização, o filhote irá se ligar a outros animais da mesma ou/e de outras espécies. A socialização determinará o tipo de relação social que ele terá, assim como processos de comunicação, hierarquia, maneiras de resolver problemas e também e não menos importante, o tipo de relação que será estabelecida com o proprietário, sendo que esta é baseada em confiança. Porém quando o cão permanece dependente demais do dono, poderão ser desenvolvidas questões comportamentais denotando a ansiedade de separação.
Dentre os comportamentos, poderão ser observados micção e defecação em locais inapropriados como na porta ou cama do dono, vocalizações em excesso (uivos, latidos, choros), comportamento destrutivo (arranhar sofás, morder objetos pessoais do dono, janelas, pé de mesa, pé de cadeira, portas), depressão, anorexia, hiperatividade, podem mastigar portas e janelas quando o dono não está na tentativa de segui-lo, mastigam móveis, fios, paredes, roupas, não comem ou bebem enquanto o dono não retornar, podem apresentar também automutilação. Cabe ressaltar que cada caso é um caso e que deve ser rigorosamente analisado por um profissional, levantando todo um histórico comportamental do animal para que se possa chegar à hipótese de ansiedade de separação.
Para entendermos melhor, precisamos saber uma diferença entre o medo e a fobia. O medo é o sentimento de apreensão associado à presença ou proximidade de um objeto, pessoa, ou situação específica. O medo é algo normal, que faz parte do desenvolvimento e que é superado diante das situações que são apresentadas ao cão, no decorrer da vivência.
A fobia é uma resposta que o animal demonstra sendo esta imediata, aguda, profunda, anormal, traduzida como um comportamento de medo extremo, comparada ao pânico. Fobia, diferentemente do medo, não é extinta com a gradual exposição do cão ao que gera o desespero.
Diagnóstico
É dado quando o animal manifesta os comportamentos ansiosos na ausência do proprietário a qual mantém uma relação muito forte, mesmo estando na presença de mais outras pessoas.
how to keep dog from chewing furniture Síndrome de Ansiedade de Separação (SAS)
Quando ainda filhote, vários eventos podem levar ao desenvolvimento da ansiedade de separação, por exemplo: ter sido tirado da mãe muito jovem, assim também não teve contato suficiente com irmãos de ninhada, mudança súbita de ambiente na qual estava acostumado, mudança do estilo de vida do proprietário, passando a ter menos tempo juntos, divórcio, crianças que crescem e deixam a casa, um recém-nascido na família, um novo animal de estimação. Pode ocorrem também por um evento traumático que tenha acontecido na ausência do proprietário, por exemplo, tempestades, terremotos, explosões, assaltos, invasões na residência.
Não existe raça específica para o desenvolvimento da síndrome, mas os cães que a desenvolvem são muito agitados, seguem o dono por todos os lugares, pulam em cima do mesmo o tempo todo. Os cães com SAS, sentem e sabem quando seu dono está para sair e nesse momento choramingam, solicitam atenção, pulam, tremem, seguem insistentemente o proprietário.
Tratamento
O primeiro passo para o tratamento do animal é compreender qual o real motivo que o levou até este ponto e dar todo o apoio e explicação ao proprietário a respeito de como é o funcionamento do raciocínio, da cognição do cão, fazendo-o entender que o proprietário mudando alguns aspectos de seu próprio comportamento em conjunto a uma especificação da origem do problema do animal é o que darão resultado. O animal que é dependente ao extremo precisa que o dono perceba o que está fazendo de errado e por vezes acentuando a ansiedade do cão.
Se o animal está nesse estado foi porque o estímulo comportamental do cão foi reforçado a estar assim, portanto, devemos identificar quais são os estímulos reforçadores.  Na SAS precisamos identificar estímulos que antecedam a saída do dono, as respostas comportamentais após um tempo determinado da saída do proprietário, a intensidade destas respostas referentes à quantidade de tempo que o dono está fora de casa e estímulos no retorno do proprietário, ou seja, se este reforçou o comportamento inadequado do animal ou não.
Para o tratamento da ansiedade de separação deve incluir uma modificação da relação do dono com o cão, prática de atividade física pelo animal, treino para a obediência, modificação de estímulos antecedentes a partida do dono e conseqüentes à chegada do mesmo, prevenção e uso de ansiolíticos em alguns casos, sempre associado a toda a reorganização da vida do cão e do dono, pois somente o medicamento não mudará nem resolverá a causa do problema, somente irá mascará-la e o objetivo é trazer o animal para o convívio e não retirá-lo. O ponto principal é ensinar o cão a tolerar a ausência do dono, aos poucos, gradualmente, com por exemplo, com pequenas partidas do proprietário, aumentando o tempo fora com pequenos intervalos, não necessariamente crescentes, ou seja, o dono pode sair primeiramente por 30 minutos, depois por 10, depois por 25, por 15, para que o cão entenda que ele irá retornar.
No retorno o dono não deve saudar excessivamente o cão, pois esse comportamento só estaria reforçando negativamente o animal. Enquanto o cão permanecer excitado o dono deve ignorá-lo, até que ele se acalma e só nesse momento, saudá-lo.
Junto a isso, o cão estará atento aos movimentos do dono antes de sair de casa e mostra-se ansioso. O proprietário pode então, realizar todos os movimentos que faria antes de sair de casa, porém não sair. Pode-se também realizar o contra-condicionamento. Nesse caso o cão é treinado a manter-se calmo enquanto o dono se movimenta, afastando-se cada vez mais até chegar perto da porta. Durante a ausência do dono a televisão ou o rádio podem permanecer ligados para que o animal tenha a sensação de não estar só, ajudando-o a associar positivamente a ausência.
É importante que o dono consiga lidar com seus sentimentos também tendo a certeza que ignorar o cão por um tempo não fará com que o animal goste menos dele, mas sim, diminuirá a dependência extrema, permitindo que o cão tolere a sua ausência, tornando o animal mais equilibrado e feliz. Castigos e punições negativas não são recomendados como tratamento, trazendo apenas medo e agressividade do cão para com o punidor.
Lembre-se que um cão super dependente não é um cão contente e nem há uma relação saudável com o dono. Passe a trabalhar sua mente para ajudar seu grande amigo a ser mais feliz!

Dirofilariose (Parasita do Coração)


A dirofilariose é uma doença causada por um verme (a Dirofilaria immitis) que se desenvolve dentro do coração e de grandes vasos sanguíneos dos cães e, em menos número, dos gatos. A doença é transmitida por mosquitos (geralmente da espécie Culex) que passam a hospedar o parasita depois de picar animais já contaminados.
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Os sintomas da doença variam, sendo que devido aos problemas causados no coração, mesmo após o tratamento, alguns animais ainda podem apresentar quadros mais severos.
Geralmente, começam de 4 a 6 meses após o contato com o mosquito e observamos: cansaço fácil, falta de resistência a exercícios, tosse crônica, apatia, respiração ofegante, perda de peso e acúmulo de líquidos no abdômen, além de problemas renais e hepáticos. Por outro lado, alguns cães podem conviver com o verme durante anos sem apresentar qualquer sinal; entretanto quando os sintomas começarem a aparecer, a doença já estará bem mais avançada.
O diagnóstico é realizado através do exame clínico, histórico do animal e exames de sangue. Existe tratamento para a dirofilariose, mas o ideal é que se diagnostique a doença antes dos sinais clínicos avançarem. O tratamento é longo e requer acompanhamento frequente do médico veterinário.
Assim, como sempre, a prevenção é o melhor remédio. Atualmente, temos vários medicamentos, com formas de administrações diversas para prevenir esta doença, como: comprimidos, produtosutilizados na pele e coleiras. Para animais que viajam para cidades litorâneas frequentemente, a prevenção deverá ser mensal.
Por isso, antes de tirar as suas merecidas férias com o seu melhor amigo, leve-o ao seu veterinário e o proteja contra esta doença que pode ser fatal.

Erliquiose – Doença do Carrapato


Antes de mais nada, é importante frisarmos que o carrapato do cão (Rhipicephalus sanguineus) transmite diversas doenças, como a Erliquiose e a Babesiose. Neste artigo, abordaremos a Erliquiose, mas para saber mais sobre a Babesiose, clique aqui. A Erliquiose (ou Erlichiose) é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada por bactérias do gênero Ehrlichia, sendo a principal a Ehrlichia canis. Raramente atinge gatos ou seres humanos, embora não seja impossível. É uma doença mais comum durante o verão, já que os carrapatos precisam de calor e umidade para se reproduzir. É comum confundir os sintomas da doença do carrapato com os sintomas da Cinomose, por isso é sempre importante consultar um veterinário assim que seu cachorro se mostrar apático, triste, prostrado e diferente do normal.

Como meu cão pode pegar a doença?
A doença é transmitida de um cão contaminado para um cão sadio através do carrapato. O principal vetor é o carrapato marrom (Rhipicephalus sanguineus). O parasita irá infectar os glóbulos brancos do sangue, ou seja, as células de defesa do organismo do cão. Veja aqui mais sobre os carrapatos, como evitá-los no ambiente, como se reproduzem e como infestam o cão.
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Sintomas da Erliquiose
Os sintomas apresentados por um animal infectado dependem da reação do organismo à infecção. A Erliquiose pode ter três fases:

1. Fase aguda: onde o animal doente pode transmitir a doença e ainda é possível que se encontre carrapatos.
Febre, falta de apetite, perda de peso e uma certa tristeza podem surgir entre uma e três semanas após a infecção. O cão pode apresentar também sangramento nasal, urinário, vômitos, manchas avermelhadas na pele e dificuldades respiratórias. É importante estar sempre atento à saúde do animal. Normalmente o dono só percebe a doença na segunda fase, e assim como outras doenças, o diagnóstico precoce é fundamental para a recuperação.

2. Fase subclínica: pode durar de 6 a 10 semanas (sendo que alguns animais podem nela permanecer por um período maior)
O cachorro não mostra nenhum sintoma clínico, apenas alterações nos exames de sangue. Somente em alguns casos o cão pode apresentar sintomas como inchaço nas patas, perda de apetite, mucosas pálidas, sangramentos, cegueira, etc. Caso o sistema imune do animal não seja capaz de eliminar a bactéria, o animal poderá desenvolver a fase crônica da doença.

3. Fase crônica: 
Os sintomas são percebidos mais facilmente como perda de peso, abdômen sensível e dolorido, aumento do baço, do fígado e dos linfonodos, depressão, pequenas hemorragias, edemas nos membros e maior facilidade em adquirir outras infecções. A doença começa a assumir características de uma doença auto-imune, comprometendo o sistema imunológico. Geralmente o animal apresenta os mesmos sinais da fase aguda, porém atenuados, e com a presença de infecções secundárias tais como pneumonias, diarreias, problemas de pele etc. O animal pode também apresentar sangramentos crônicos devido ao baixo número de plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue), ou cansaço e apatia devidos à anemia.

Como sei que meu cão está com Erliquiose?
O diagnóstico é difícil no início da infecção pois os sintomas são semelhantes a várias outras doenças, como a Cinomose, por exemplo. A presença do carrapato é relevante para a confirmação da suspeita durante a avaliação clínica. O diagnóstico pode ser feito através da visualização da bactéria em um esfregaço de sangue (exame que pode ser realizado na clínica veterinária) ou através de testes sorológicos mais sofisticados, realizados em laboratórios especializados. Quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maiores são as chances de recuperação e cura.

Cuidado: os sintomas da doença do carrapato são parecidos com os sintomas da Cinomose. Leianosso artigo sobre essa doença e tire suas dúvidas.

Tratamento e cura
A Erliquiose é tratável em qualquer fase. O tratamento é feito à base de medicamentos, sobretudo os aintibióticos (em especial a DOXICILINA). Por vezes é necessária a complementação do tratamento com soro ou transfusão de sangue, dependendo do estado do animal.

O tratamento pode durar de 21 dias (se iniciado na fase aguda) a 8 semanas (se iniciado na fase crônica). Vai depender da precocidade do diagnóstico, do quadro dos sintomas e a fase em que o animal se encontra no início do tratamento.

Quanto mais cedo se começa o tratamento, são maiores as chances de cura. Em cães nas fases iniciais da doença, observa-se melhora do quadro clínico após 24 a 48 horas do início do tratamento.

Como prevenir meu cão de ter a Doença do Carrapato?
- Verificar a presença de carrapato no cão com frequência;
- Desinfetar o ambiente onde o animal vive periodicamente;
- Usar produtos veterinários carrapaticidas como sabonetes, xampus etc;
- Manter a grama do jardim sempre curta;
- Estar atento aos hotéis para cães, pois se há algum cão infectado, ele poderá transmitir a doença através de outro carrapato do local.

Há vários produtos contra carrapatos. Os mais vendidos são o Frontline e o Scalibor. Frontline também protege de pulgas e Scalibor protege contra a Leishmaniose. A proteção mais completa oferece a combinação Scalibor com Frontline. Mas lembre-se, não medique seu cão sem consultar um médico veterinário. Só ele poderá saber o que é ideal para seu cachorro.

Lugares preferidos dos carrapatos no corpo do cão. Verifique sempre:
- Região das orelhas;
- Entre os dedos das patas;
- Próximo aos olhos, nuca e pescoço.
 Erliquiose   Doença do Carrapato

Encontrei um carrapato no meu cachorro. Como devo retirar?
Arrancar o carrapato não é recomendado. Pode acontecer de tirarmos só uma parte do corpo e o resto ficar ainda aderido ao cão, podendo provocar infecções. O ideal é aplicar umas gotas de vaselina ou parafina ao redor, esfregá-lo um momento até que amacie um pouco a pele e depois tentar retirá-lo suavemente. Depois, coloca-se o carrapato no álcool para que morra e não escapem os ovos. Lave as mãos depois de manipulá-los.

Existem também as pinças de carrapatos, que servem para extrair o parasita por inteiro. Encontram-se à venda em lojas especializadas de produtos veterinários. Veja como retirar:
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